O eixo corrido é provocado geralmente por folgas no feixe de molas ou a quebra de um pino de centro do feixo, ou por baatidas das rodas em buracos ou cabeceiras de pontes ou ainda pela falta de algemas nos feixos.
Todo motorista profissional do transporte de cargas ou de passageiros sabe o que representa um eixo corrido em um caminhão ou ônibus. Aos demais condutores que não estão habituados ao termo, é interessante conhecer este defeito comum de ser avistado nas mais diversas vias publicas do país e, que segundo o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), é infração de trânsito passível de multa.
Confira na imagem acima um exemplo de veículo com espigão corrido trafegando por uma rodovia brasileira.
O que é um eixo corrido e porque este problema ocorre?
O eixo, em um veículo dotado de suspensão traseira de feixe de molas é um pino central localizado entre o eixo traseiro e a parte central das molas. Este pino centraliza as molas em relação ao eixo do veículo. Quando o pino central se rompe, o feixe de molas de movimenta para o lado ou para traz, trazendo o peso da carroceria para o lado rompido, forçando o eixo para o lado danificado, dando a sensação de que o veículo se locomove de forma retorcida, lembrando um caranguejo.
Este problema pode ocorrer também se o pino se encontrar desgastado demais.
As causas deste problema são a falta de revisão periódica do feixe de molas, que também possui vida útil ou o sobrepeso excedente sobre a carroceria do veículo, o que causa uma sobrecarga do sistema de molas.
Um veículo que trafega com o eixo corrido tem sua estabilidade comprometida, o que pode gerar perigo de acidente, principalmente em uma rodovia, onde a velocidade desenvolvida é superior a uma via urbana.
Infração de trânsito
Segundo o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), um veículo com espigão corrido representa infração de trânsito. O artigo 230 inciso XVIII do CTB descreve a infração “transitar com o veículo em mau estado de conservação comprometendo a segurança”. Segundo o artigo, a infração é grave, passível de perda de 5 pontos na CNH (Carteira nacional de Habilitação) do condutor e até retenção do documento para posterior vistoria.
Para fazer a correção, utiliza-se um kit hidráulico de 10 ou 15 toneladas.
Este kit com seus prolongadores, permitem o deslocamento do eixo para sua posição original, quando em um eixo do tipo Toco.
Em primeiro lugar, calça-se o eixo dianteiro com tocos de madeira e solta o freio de estacionamento.
O procedimento é simples, afroxa-se os grampos U que prendem o eixo no feixe de molas, coloca-se o kit hidráulico empurrando o eixo para a posição correta, préviamente lida com seu alinhador.
Com auxilio de uma marreta de 3 kg, golpea-se a lateral do feixo, os choques nas molas facilitaram que o eixo volte a sua posição normal.
O avanço do eixo, deve-se ser controlada com o equipamento ligado e a conferência nas placas de leitura.
Quando estiver alinhado, trava-se o freio de estacionamento, aperta o feixo de molas através dos grampos U, conferir o torque segundo o fabricante.
Estando o feixe torqueado, solta-se o kit hidráulico que estava resguardando a qualidade do serviço o tempo todo.
Já nos caminhões com eixos truck ou triplo, temos a presença dos tessores que auxiliam nas correções. Estes devem ser afrouxados e conforma a leitura, deve-se proceder no eixo móvel, este terá um mecanismo de correção tipo uma barra de comvergência.
Ao soltar as porcas trava, lubrifica-se com óleo de freio, dar-se batidas com um matelo, afim de facilitar o giro e deixa-lo facil de ajuste.
Neste momente, deve-se soltar o freio de estacionamento, não esquecendo de calçar as rodas dianteiras ao soltar o freio de estacionamento, o eixo poderá se deslocar livre.
Gira-se a barra central e acompanha-se o alinhamento do eixo, até que o mesmo se apresente alinhado.
Travar o freio de estacionamento afim de que o eixo não saia de regulagem, aperta-se as porcas travas com os torques recomendados e conferir se o alinhamento ficou bem feito.
A tolerância para os eixos corridos são de 2mm/Metro.
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